Viciados em plataforma: Distantes da graça (Parte1)
"A grande verdade é que a solução não está e não virá das plataformas. A solução é e sempre foi uma só: Jesus Cristo!” Você já se sentiu desencorajado ao ver alguém aparentemente “mais espiritual” ou “mais ungido” que você? Eu já! Mas, sabe, tenho aprendido uma coisa: o verdadeiro Evangelho de Jesus não divide as pessoas em “castas”(mais ungido, menos ungido, o ministro, os leigos...). O Evangelho une as pessoas, as torna iguais! Aleluia! A Bíblia diz que, na cruz, Jesus quebrou toda a inimizade que estava entre nós e Deus e uns com os outros. Ou seja, temos paz com Deus e somos todos iguais em Jesus. Quer rico, pobre, judeu, brasileiro, branco ou negro, todos nos tornamos iguais quando vamos a Jesus. Deus não faz acepção de pessoas. Nós, como bons brasileiros que somos, estamos, de certa forma, acostumados com a opressão. Inconscientemente, gostamos da manipulação. Nos sentimos mais seguros quando alguém nos diz o que fazer. Porque, afinal de contas, é complicado tomarmos nossas próprias decisões e nos responsabilizarmos por elas. Por causa desta tendência, gostamos de olhar para as plataformas e esperar pelo “grande e poderoso homem de Deus” ou pela “grande e super virtuosa mulher de Deus”, os “super-homens evangélicos” que vão solucionar todos os nossos problemas. Mas, é claro, isso não acontece. O fato é que, depois das “canções avivadas”, dos gritos e ordens imponentes dos “grandes homens” das plataformas, voltamos para casa, onde as luzes são de lâmpada comum, onde o pai e a mãe brigam entre si e com os filhos. Voltamos para casa onde o marido é beberrão, mulherengo e violento, onde a filha de onze anos aparece grávida, onde o filho se envolve com drogas e com o tráfico. Voltamos para casa onde o dinheiro é tão apertado, que mal dá pra comer. Voltamos para a vida real, onde os “grandes” não estão pra dizer o que fazer. Aí é que mora o problema: somos verdadeiros viciados em plataformas! Não sabemos viver sem a última grande revelação dos maiores profetas do mundo ou sem o último CD dos mais ungidos cantores gospel. Não sabemos viver sem a oração poderosa do missionário “fulano de tal” ou sem as profecias da “irmãzinha ´fogo puro´”. Estamos sempre “por aí”, buscando um intermediário que nos leve até a próxima benção; buscando sempre alguém “mais ungido” ou “mais santo” pra nos dizer o que Deus quer. Estamos sempre atrás de alguém que seja ponte entre nós e o divino, alguém que nos ajude a alcançar a misericórdia de um deus carrasco ou as bênçãos de um deus “Papai Noel”, que é tão pregado ultimamente nas plataformas e nos programas chamados “evangélicos” de TV e rádio. Estamos agindo como o povo de Israel diante do monte Sinai: eles queriam que Moisés subisse, mas eles mesmos não queriam subir, pois temiam que Deus os fulminasse. Alguns têm medo de Deus. Acham-se tão pecadores, indignos e sem esperança, que se privam da graça maravilhosa de Deus. Não conseguem mais ir à igreja. Outros têm preguiça de buscar a Deus e preferem receber tudo mastigadinho das plataformas, e engolem tudinho, até o que não presta. A grande verdade é que a solução não está e não virá das plataformas. A solução é e sempre foi uma só: Jesus Cristo! Aquele que Era , que É e que há de vir! Jesus! O caminho, a verdade e a vida. Jesus. A única ponte pela qual chegamos ate Deus. Ele é o único Deus e mediador entre Deus e os homens: Jesus Cristo, homem (Veja I Timóteo 2:5). A salvação é pela graça.
Por Nívea Soares
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